EM BUSCA DA CRUZ
Flávia Júlia Helena nasceu em meados do século III, na Bitínia, Ásia Menor. Era descendente de uma família plebéia e tornou-se uma bela jovem, inteligente e bondosa. Trabalhava numa importante hospedaria na sua cidade natal quando conheceu o tribuno Constâncio Cloro. Este centurião romano, Constâncio Cloro encantou-se com Helena casando-se com ela.
Desta relação, nascera-lhes um filho, Constantino por volta de 272/ 274 em Nish (Sérvia) que viria a ser o futuro imperador Constantino.
Constâncio repudiou Helena por motivos de estado, vinte anos mais tarde, quando subiu a César das Gálias, e co-regente por parte do imperador Maximiliano. Este exigiu que se casasse com Teodora, uma princesa imperial (292). Isto era possível porque o direito romano não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.
Constâncio levou o filho para Roma separando-o de sua mãe. Esta separação durou cerca de 14 anos. Com a morte do pai em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte.
CONSTANTINO , IMPERADOR ROMANO E O ÉDITO DE MILÃO DE 313
O jovem Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena, conseguiu assumir o trono como o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se governador; depois, o supremo e incontestável imperador de Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande. Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha travada, em 312, às portas de Roma.
Conta a história que, durante a batalha contra Maxêncio, seu exército estava em desvantagem. Influenciado por Helena, que tentava convertê-lo, Constantino teve uma visão. Apareceu-lhe uma cruz luminosa no céu com os seguintes dizeres: "Com este sinal vencerás". Imediatamente, mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente, venceu a batalha. Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente, toda e qualquer perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de Milão, em 313, pelo qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a Helena o honroso título de "Augusta".
Consta que Helena seria pagã quando se casou enão se sabe ao certo quando se converteu ao Cristianismo. Algumas fontes apontam-na como a responsável pela conversão do imperador, seu filho, tornando-o o primeiro imperador romano cristão. Outras referem que seria Constantino quem teria convertido sua mãe mas o certo é que a graça divina pairou sobre os dois e sobre toda a Cristantade com a cessação das perseguições aos cristãos
HELENA, DEPOIS DE CONVERTIDA AO CRISTIANISMO
Helena, com o patrocínio imperial, promoveu a construção de Igrejas e mosteiros cristãos nos templos pagãos romanos e envolveu-se também na organização de obras de apoio e de assistência aos mais desfavorecidos (doentes e pobres)
A busca de relíquias / provas era importantes para se firmar o Cristianismo dos primeiros tempos. Assim, Helena empreendeu por volta de 326 uma viagem à Terra Santa:
Informou-se dos lugares santos venerados pela memória dos cristãos e determinou-se em encontrá-los e empenhou-se na construção de Basílicas. Assim, impuslsionou a construção da Basílica do Santo Sepulcro (Gólgota, Jerusalém) e da Basílica da Natividade (em Belém) e ainda a dos discípulos e da Ascenção (no alto do Monte das Oliveiras ) - as três grutas místicas
Conta a tradição que Helena ajudou, em Jerusalém, o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.
Julga-se que morreu na Nicomédia já no regresso a Roma por volta entre 327 ou 330, sendo o seu corpo transportado para Roma Outros afirmam que morreu nos braços de seu filho, já em Roma.
O certo é que o culto a santa Helena é um dos mais antigos da Igreja Católica, encontrando-se as suas relíquias na Basílica que lhe é dedicada em Roma.
O ENCONTRO DE SANTA HELENA DA CRUZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
segundo Santo Ambrósio ( 340-397):
“Começou ela por visitar os Lugares santos; o Espírito inspirou-lhe procurar o madeiro da Cruz. Aproximou-se do Gólgota e disse:
«Aqui está o lugar do combate; onde está a vitória? Eu procuro o estandarte da salvação, mas não o vejo»
Escavava no chão, e afasta para longe o entulho. Eis, porém que ela encontra desordenados três patíbulos já arruinados, que o inimigo escondera. Mas o triunfo de Cristo pode por acaso ficar no esquecimento?
Perturbada, Helena hesita, como mulher. Movida pelo Espírito Santo, lembra-se então que foram crucificados dois ladrões com o Senhor. Fixa-se portanto na cruz do meio. Mas talvez, ao caírem, se tenham confundido e trocado.Volta à leitura do Evangelho e repara ter sido aplicada à cruz do meio a inscrição: ‘JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS’
Assim chegou ao termo a demonstração da verdade e, devido ao título, foi reconhecida a cruz da salvação…
Helena encontrou portanto o título e adorou o seu Rei.”
3 Comments:
Olá minha irmãzinha!
Adorei ler essa história tão linda.
Su, estou preocupada , tenho colocado comentários aqui mas parece que não entra.
E você como está mande-me notícias.
Fico tão bem e feliz quando recebo seus e-mails, você não imagina o bem que você me faz.
Com saudades!
Rô!
Suelly, não sabia que Helena tinha sido tão importante para o Cristianismo. Obrigada pela postagem!! Beijus
Gostei do relato de Helena.´E uma história que nos emociona. E voce contando é melhor do que em outros lugares..
Com carinho Monica
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