TEM PESSOAS QUE AMAM AS PESSOAS ENQUANTO ELAS TEM UTILIDADE EM NOSSAS VIDAS MAS O AMOR NAO É ISTO. VOCE PODE DEIXAR DE CAMINHAR , NAO PODE FAZER MAIS A COMIDA FAVORITA PRA SUA FAMILIA. É AI QUE SOBRA O AMOR. A HORA QUE PASSA A NOSSA UTILIDADE QUE ENCONTRAMOS QUEM NOS AMA. QUANDO EU DEIXO DE SER ATRATIVO NA VIDA DAS PESSOAS PERSISTIRA O AMOR. SE VOCE PERDER OS SEU TALENTOS , ACREDITE, QUE ENQUANTO SOBRAR AQUILO QUE VOCE É, VAI SOBRAR O SEU VERDADEIRO SIGNIFICADO COMO PESSOA. O QUE VOCE FAZ É O SEU VERDADEIRO SIGNIFICADO. O QUE A GENTE FAZ É MAIOR DO QUE AS PESSOAS PENSAM DE NÓS. A FÉ
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sábado, maio 02, 2009

SOMOS TODAS UM POUCO DE CORA CORALINA



Tinha então uns dez anos de idade, e os pais foram de mudança de Minas Gerais para Goiânia ,a nova capital de Goiás.
Muito felizes com o que a mae achava necessário, veio um caminhão para levar a mudança, a estrada era de terra, levaram um dia de viagem, mas tambem nao tínham pressa.
Quando lá chegaram foram para a casa do avô materno, que logo estava de mudança pra uma casa nova na Praça Cívica, onde ficava a sede do governo, e no meio de tantas mudanças, esta que vos fala foi logo descobrindo o seu pedaço mágico desta mudança, os livros ,que se tornaram seus companheiros inseparaveis , pela vida inteira.
Ganhou uma coleção da Barsa, e começou a conhecer o mundo inteiro.
Seu pai tambem amante das letras lhe e presenteou com a coleção de Monteiro Lobato, dai pra frente tudo era possível
Ela fechava os olhos e já estava na terra do nunca, ou no sitio do pica pau, ou estava na Grécia ou no México, podia escolher seus próprios roteiros.Descobriu antes que fosse á escola que o mundo tinha suas estorias tambem.
Interessante quando descobriu que poderia conhecer ao vivo e a cores uma poetisa, era seu sonho ir á GOIÁS VELHO, como se falava naqueles tempos, e conhecer a escritora Cora Coralina, que morava numa linda casa ás margens do Rio Vermelho,
Tudo era bom, os amigos que eram netos de político influente Dr. Brasil Caiado, lhe proporcionaram dias de férias , e pode conhecer aquelas terras vermelhas...
Mas o que mais ficou na sua memória, foram os cheiros dos doces, pois frutas havia aos montes pelos quintais.
Dai pra conhecer o que era verso, foi fácil, na família do seu pai, tinha uma veia de poetas, muitos tios escreviam , e muito bem faziam poesias, tinham o dom pra músicos, e admiravam todas as artes, mas para o lado do avô materno, o que era importante era ser donos de terras, muito gado, e cultura, nao era necessario, este era um assunto que era dispensado pouca importancia ,ou de gente que nao queria levar a vida muito a serio, mas fazer o que, quando eles apareciam os livros eram guardados.
Só podia sonhar quando eles iam embora, depois de tomar o café.
Mas ainda pequena se apaixonara pela leitura e pela escrita .
e ainda hoje traz na memória aquelas palavras que a acompanham vida afora, Era palavras de CORA, que na verdade era Ana, a Aninha.
Que queria ser quando crescesse?
Advogada.escritora, ou faria artes, pintura, ou conselheira?
Engenheira?
Eu cresci, mas a Cora ficou na minha infância
Pensei inúmeras vezes que seria uma cozinheira, doceira, entre os cravos e canelas, e anis, como Cora, que fazia tão bem seus doces com gosto de todas as frutas do seu belo quintal.
Mergulhei na obra dessa escritora com tanto prazer quanto mergulhei no Araguaia e viajei na poesia dessa goiana, onde a alma de cozinheira é evidenciada em inúmeros poemas.

GUARDEI OS ESCRITOS : com todos os seus segredos.

"Cora Coralina, quem é você?".

" - Sou mulher como outra qualquer.

Venho do século passado

e trago comigo todas as idades".

Mais adiante ela me conquistou definitivamente:

" Sou mais doceira e cozinheira

/ do que escritora,

sendo a culinária

/ a mais nobre de todas as Artes:

/ objetiva, concreta, jamais abstrata

/ a que está ligada a vida e a saúde humana."

Cora Coralina, foi o nome escolhido por Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas para a poetisa que vivia dentro dela.

Nasceu em 20 de agosto de 1889 e faleceu em 10 de abril de 1985.

Teve quatro filhos, 15 netos e 29 bisnetos. Renomada doceira, profissão que exerceu por mais de vinte anos, chegou a deixar um livro de receitas. Embora escrevesse desde os 14 anos, tinha 76 quando seu primeiro livro foi publicado e quase 90 anos quando sua obra chegou as mãos de Carlos Drummond de Andrade, responsável por sua apresentação no mercado.

Da cidade de Goiás Velho, onde nasceu, saiu para o estado de São Paulo, vivendo fora por 45 anos. Retornou em 1954, passando a dedicar-se aos doces, sobretudo os cristalizados.

Eu como Cora, nasci em Minas, fui para Goias, São Paulo para estudar, Rio de Janeiro e depois mundo afora...

e quase chego em tempo de aprender com ela aqueles doces maravilhosos

Frutas, ela tinha de sobra, num estado tão rico.

Em Goiás, é famoso o Empadão Goiano; feito com frango, lingüiça, queijo, ervilhas, azeitonas, ovos e guariroba, uma espécie de palmito amargo. Também típico na região é o Arroz com Pequi, uma fruta amarela, parecida com a ameixa, de sabor forte e aroma penetrante. Além disso, são deliciosas as pamonhas feitas com queijo, lingüiça, cheiro-verde e pimenta.

Ou a pamonha doce com queijo e canela.

Estas, são tão comuns no estado, que quando se quer frisar a insignificância de uma cidadezinha qualquer, a expressão consagrada é:

"só tem igreja e pamonharia".

Tudo que se come é delicioso, feito com amor, como o Bolo de Arroz, feito com fubá socado, açúcar, água e fermento natural; os sequilhos, biscoitos de polvilho, as broas de milho e os pães de queijo.

Cora Coralina apreciava muito os pães.

No poema

"Eu Voltarei", ela começa dizendo:

" - Meu companheiro de vida será um homem corajoso

/ de trabalho,

/ servidor do próximo,

/ honesto e simples,

/ de pensamentos limpos .

/ Seremos padeiros e teremos padarias. "

Outro poema seu:

"Pão-Paz",

"- O Pão chega pela manhã em nossa casa.

/ Traz um resto de madrugada.

/ Cheiro do forno aquecido, de lêvedo e de lenha queimada.

/ Traz as mãos rudes do trabalhador e a Paz dos campos cheios.

/ Vem numa veste pobre de papel. Por que não o receber

/ numa toalha de linho puro e com as mãos juntas

/ em prece e gratidão? "

Cora Coralina, cozinheira, quituteira, doceira, uma mãe brasileira!

Uma mulher que viveu à imagem e semelhança de tantas outras mães desse Brasil,

fazendo de sua sensibilidade o alimento dos entes queridos.

Deixo a todos vocês meus agradecimentos com um poema de Cora Coralina:

"Todas as Vidas":

"Vive dentro de mim a mulher cozinheira.

Pimenta e cebola.

Quitute bem feito.

Panela de barro.

Taipa de lenha.

Cozinha antiga toda pretinha.

Bem cacheada de Picumã.

Pedra pontuda.

Cumbuco de coco."

E ainda nos dias de hoje ,com um pouco de açucar e algumas frutas podemos transformar nossas vidas amargas cheias de doces vidas.

"Sou mulher como outra qualquer. Venho do século passado e trago comigo todas as idades." (Cora Coralina, quem é você?)

SuellyMarquêz

 

6 Comments:

Blogger Isabela Kastrup said...

Olá lindona! Passei para agradecer o carinho lá no bloguito! Fiquei feliz da vida com o seu comentário, viu? Muito obrigada de coraão!
Super beijo,
Isa

3 de maio de 2009 às 15:12  
Blogger  said...

Olá minha linda1

Estou me recuperando ainda da minha última quimio e radio. Está semana não foi das melhores, não sei se por causa da radio ou da quimio, as duas me deixaram muito abatida. Hoje me sinto um melhor, mas com muitas cólicas intestinais, minha boca tem gosto de nada, fome nem pensar, mas me alimento se não fica bem pior.
Amanhã com certeza estarei bem melhor.
Peço desculpas por não ter te escrito antes, mas te guardo sempre em meu coração e em minhas orações.
Beijos, amnhã te mandarei e-mail.
Que Deus te abençoe!

3 de maio de 2009 às 16:35  
Blogger Meiroca said...

Grande Cora Coralina!

Bjs

4 de maio de 2009 às 06:46  
Blogger Ypsilon Yvone said...

Sou mulher, como “Coras Coralinas” que há um tanto de todas nós quando gosto de uma coisa ou de alguém, gosto mesmo, me dôo de verdade
...sou totalmente coração... Mas estou tentando mudar um pouco pra razão também
...Odeio me decepcionar e chorar.
As histórias dessa grande cozinheira, escritora, sonhadora e poeta, faziam parte de uma geração de mulheres, que com sorte podia estudar se formar para serem professoras, casar, ter filhos... Elas passavam o dia a bordar, costurar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, indo ás feiras livres com vagar escolhendo os melhores legumes, educando as crianças, freqüentando cursinhos de artes...
Estava tudo tão bom no tempo da minha avó...
E atire o primeiro laptop HP Pavilion tx2075 mega-ultra-max quem nunca teve essa vontade!!!!
Ai Sueli... Não tenho mais forças para brigar com esse sistema ordinário! Continuo sem telefone e com um quarto de internet.
Obrigada pelo seu apoio.
Beijos querida
Adorei a lembrar da Cora, você escreve muito gostoso!Adorei seu cantinho.

4 de maio de 2009 às 17:08  
Blogger Neyma said...

Suelly querida,
Cora Coralina...que mulher fantastica...uma forte antes de tudo, uma mulher guerreira!!
bjs

6 de maio de 2009 às 10:19  
Blogger Lia Noronha &Silvio Spersivo said...

Essa mulher é um exemplo d evida pra todas nós mulheres...Abraços carinhosos diretamente do meu Encontro.

12 de maio de 2009 às 20:41  

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